Discurso do Acadêmico Antônio Manoel, o Biéli, durante a apresentação do Hino Oficial de Garopaba/SC.

Discurso do Acadêmico Antônio Manoel da Silva, o Biéli, Titular da Cadeira nº 17 da Academia de Letras de Palhoça, autor do Hino Oficial do Município de Garopaba – Santa Catarina, durante a solenidade de apresentação do Hino, ocorrida no dia 19 de dezembro de 2017, às 20h00min, na Câmara de Vereadores da Cidade.

 

Boa noite a todos!  

                

Meus cumprimentos ao Excelentíssimo Prefeito de Garopaba, senhor Paulo Sérgio Araújo, tornando extensivo às demais autoridades da mesa.

É com grata satisfação que estou aqui, hoje, para receber as homenagens do povo desta terra, por ter produzido o Hino Oficial do Município de Garopaba.

Para ser mais sincero, digo que me sinto, sim, profundamente envaidecido e lisonjeado, por ter desenvolvido este trabalho, mas, ao mesmo tempo, muito grato aos garopabenses, por permitirem que eu tomasse parte da história desta cidade.

Sabemos que a História não se constrói de ficção, mas sim, de fatos concretos, reais, vividos por um povo, por uma sociedade, por uma nação. Ela é construída a cada minuto, a cada hora, a cada dia; por mim, por você, enfim, por todos nós, sem que, às vezes, nos demos conta disso.

Desde os primórdios de nossa existência, a História já vem sendo contada por nossos antepassados, mesmo que da forma mais primitiva e rudimentar que seja, pois, naquela época, os meios de comunicação disponíveis eram, basicamente, o gesto e a linguagem oral.

Felizmente, o Homem, com sua extraordinária capacidade de pensar, de agir e de criar, um dia descobriu a fantástica arte de escrever, e, a partir de então, passou a registrar a sua história para a posteridade. E o mérito desta grande descoberta coube ao povo sumério, a quem a humanidade sempre será grata.

Atualmente, vivemos uma nova era, num mundo repleto de instrumentos de comunicação modernos, que nos permite interagir, inclusive, com outros povos de terras distantes.

E hoje, senhoras e senhores, cidadãos e cidadãs garopabenses, neste exato momento, estamos escrevendo uma nova página da história de Garopaba. Só que escrita de forma poética, em versos rimados, atribuindo-lhe uma performance melódica e ritmada, para ser cantada com paixão e fervor, pelo povo desta alvissareira cidade.

O grande filósofo Aristóteles disse, certa vez, que “O historiador e o poeta não se distinguem um do outro, pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido.”

Não sou historiador, mas confesso que para compor o hino de Garopaba tive que sê-lo por um lapso de tempo, por força do Edital do Concurso, que exigiu, de modo óbvio e racional, que a letra deveria ressaltar a história da cidade.

Quando escrevi “Tu nasceste num passado tão distante / Pelas mãos do nosso índio Guarani / Bem mais tarde é que chegou o imigrante / E triunfante se estabeleceu aqui”; eu acredito ter sido deveras fiel aos fatos históricos pesquisados, contando em versos, um pedacinho da história do surgimento desta linda e litorânea cidade.

Mas todos nós sabemos que a história que aqui se desenvolveu não se pode resumir simplesmente na letra de um hino, senão considerá-la apenas como um pequeno fragmento, que por força das circunstâncias, foi trazido à lume. Garopaba é muito mais que isso, e cada parte de sua história foi construída e registrada pelas gerações passadas, da mesma forma como está sendo neste momento, pela geração presente, e certamente a será pelas gerações futuras.

Por fim, gostaria de parabenizar a Prefeitura de Garopaba pela lisura na condução do Concurso, e estender os meus agradecimentos a toda Comissão Julgadora, que escolheu, dentre tantos trabalhos inscritos, o meu para representar o hino da cidade.

Muito obrigado!


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